Archive for Petroleiros – Greve

Petrobrás e grevistas não chegam a acordo

Quarta-Feira, 25 de Março de 2009 

 

Novo encontro está agendado para hoje e empresa vê perspectivas de fim da paralisação
Nicola Pamplona, RIO

 

Terminou sem acordo a primeira reunião entre a Petrobrás e representantes dos trabalhadores para tentar pôr fim à greve de cinco dias iniciada na segunda-feira. Segundo a Federação Única dos Petroleiros (FUP), a companhia avançou apenas na proposta sobre a Participação nos Lucros e Resultados (PLR), mas não fez proposta para o tema da segurança do trabalho, considerado prioritário pelos trabalhadores.

Um novo encontro está marcado para hoje. Em nota distribuída ontem, a estatal diz que há “expectativa de que a greve seja encerrada”. A empresa confirma a melhor proposta pela PLR e diz que está negociando os outros pontos da pauta de reivindicações, que incluem melhorias no sistema de saúde, segurança e meio ambiente, e garantia de emprego para funcionários de prestadoras de serviço da estatal.

A FUP disse ontem que a mobilização ganhou força no segundo dia de greve, principalmente com a adesão dos trabalhadores da Refinaria de Paulínia (Replan), a maior do país. Em comunicado enviado à noite, a entidade diz que, agora, todas as refinarias estão em greve, além de unidades de produção terrestre de petróleo e de escoamento de combustíveis.

Nas plataformas marítimas da Bacia de Campos, as equipes de contingência da Petrobrás assumiram as operações, após obtenção de uma liminar que impede os petroleiros de controlar as unidades. A FUP diz que a empresa pediu liminar também para os campos produtores do Rio Grande do Norte e do Espírito Santo, além de todas as unidades operacionais da Bahia.

Até o momento, a greve não causou maiores distúrbios no abastecimento nacional de combustíveis. Segundo o coordenador da FUP, João Antônio Moraes, este não é o objetivo dos petroleiros, que já sofreram críticas no passado por provocar desabastecimento, principalmente na greve de 1995, que durou 30 dias. “Não queremos que falte combustível para a população ou para transporte de cargas e indústria. A ideia é apenas controlar a produção para forçar a empresa a negociar”, afirma o sindicalista.

A categoria reclama principalmente das condições de segurança no trabalho e quer a instalação de uma Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa) por plataforma, ao invés de uma Cipa por grupo de plataformas. “A Petrobrás tem uma política conservadora de segurança, procurando sempre culpados individuais pelos acidentes. E geralmente o culpado é o defunto”, comenta Moraes.

Os trabalhadores da Replan pediram ontem um habeas corpus na 1ª Vara do Trabalho de Paulínia para retirar 70 trabalhadores que iniciaram o turno na Replan às 7h30 de segunda-feira e estariam presos no trabalho até a noite de ontem.

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Petrobras retira grevistas de plataforma no 2º dia da greve

terça-feira, 24 de março de 2009, 10:44 | Online

Segundo a estatal, 12 plataformas da Bacia de Campos aderiram à greve, mas não há interrupção na produção

Reuters

SÃO PAULO – A Petrobras conseguiu retirar os grevistas da plataforma P-34, na Bacia de Campos, e transportá-los para terra no segundo dia da greve nacional dos petroleiros, de acordo com informações dos sindicatos.

 

De acordo com a Federação Única dos Petroleiros (FUP), a greve prossegue nos níveis verificados na segunda-feira, primeiro dia do movimento, mas a Petrobras tem conseguido manter os níveis de produção utilizando um plano de contingência, com equipes de emergência.

 

Na segunda-feira, petroleiros grevistas informaram que conseguiram interromper a produção na P-34, plataforma com capacidade de 60 mil barris por dia, o que foi negado pela Petrobras.

 

A FUP disse que os grevistas controlavam diversos terminais de bombeamento de combustíveis no país e locais de produção de petróleo e gás, principalmente no Nordeste, mas que não havia redução na produção ou no abastecimento.

 

A Petrobras informou que 12 das 40 plataformas da Bacia de Campos aderiram ao movimento grevista, mas que não houve interrupção na produção em nenhuma delas. A companhia disse ainda que em 25 dos 47 terminais de bombeamento de combustível houve adesão à greve, mas que a produção foi escoada e entregue.

 

“A greve continua, não há mudança. A P-34 está operando com equipes de emergência”, afirmou o coordenador do movimento, João Antônio de Moraes.

 

Os petroleiros grevistas pedem uma melhor participação nos lucros da empresa e o fim das demissões nas empresas terceirizadas, que prestam serviços à estatal, entre outros itens.

 

A greve segue até sexta-feira, quando haverá uma avaliação por parte dos grevistas. Não há encontros agendados entre os petroleiros e a estatal.

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Petroleiros de todo o País entram em greve

Agencia Estado – 23/3/2009 10:10

Os petroleiros de todo o Brasil começaram a entrar em greve desde o fim de semana, mas a maioria paralisou as atividades a partir da zero hora desta segunda-feira, segundo informações da Federação Única dos Petroleiros (FUP). A paralisação foi aprovada pelos trabalhadores na última quarta-feira (dia 18) e endossada por todos os seus sindicatos filiados na reunião do Conselho Deliberativo.

 

Segundo a FUP, além de não responder às reivindicações da federação referentes principalmente à segurança, garantia dos postos de trabalho nas empresas contratadas e ao extra-turno, a proposta apresentada pela Petrobras na última segunda-feira (dia 16) cria um plano de Participação nos Lucros e Resultados (PLR) inaceitável.

 

No Estado de São Paulo, segundo o Sindicato Unificado dos Petroleiros do Estado de São Paulo (Sindipetrosp), as refinarias de Campinas estão com cerca de 1.200 trabalhadores de braços cruzados. Em Mauá, são 500 funcionários parados.

 

De acordo com o Sindipetrosp, os funcionários não estão trabalhando nos terminais de São Caetano do Sul, Guarulhos, Guararema, desde as primeiras horas de hoje, assim como nas refinarias do litoral, nos terminais da Transpetro, em Capuava e Paulínia.

 

Na Replan, a gerência da Refinaria adotou o revezamento controlado “troca de turno de um trabalhador por vez”, e em Barueri, a diretoria tentaria realizar corte de rendição na manhã de hoje, segundo o sindicato.

 

De acordo com o sindicato, em algumas refinarias a produção é controlada com a paralisação do bombeio, como em Guarulhos, produzindo o mínimo para não afetar a população. Além dos petroleiros, a adesão dos caminhoneiros que transportam o combustível também é esperada. Funcionários terceirizados de algumas unidades também aderiram à paralisação, segundo o sindicato.

 

Bahia

 

Os trabalhadores da Refinaria Landulpho Alves, na Bahia, cortaram a rendição às 15h30 de ontem. Os petroleiros anteciparam a greve devido ao fato de a Petrobras ter ingressado na refinaria uma equipe de gerentes e supervisores.

 

Paraná

 

Petroleiros da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), em Araucária, na região metropolitana de Curitiba, que entrariam no turno desta manhã, aderiram à greve nacional da categoria e estão concentrados em frente à unidade.

 

Eles afirmam que quem fechou as portas foi a direção da Repar. “Nós queremos entrar para exercer o direito de greve no nosso posto de trabalho”, disse o presidente do Sindicato dos Petroleiros do Paraná, Silvaney Bernardi. “Queremos exercer nosso direito de pelego e entrar na unidade.” A intenção dos petroleiros é controlar internamente a produção. Os petroleiros esperam que a direção da Repar os chame para uma mesa de negociação.

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