Archive for Copom

Copom não surpreende e juros futuros operam sem tendência uniforme

Por: Equipe InfoMoney
11/09/08 – 13h46
InfoMoney

SÃO PAULO – Os juros futuros iniciam a tarde desta quinta-feira (11) sem apresentar tendência definida na BM&F Bovespa, registrando alta nos contratos de vencimentos mais curtos e queda nos de longo prazo.

Com a agenda doméstica vazia, os investidores comentam a decisão tomada pelo Copom (Comitê de Política Monetária) na véspera, que não surpreendeu a maioria dos analistas ao elevar em 75 pontos-base a taxa básica de juro.

O ajuste realizado, aprovado por 5 dos 8 membros do colegiado, demonstra que a autoridade ainda está preocupada com uma eventual deterioração do cenário inflacionário brasileiro, apesar de os últimos indicadores terem sinalizado redução no ritmo de alta dos preços.

Plano internacional
Paralelo a isso, na esfera norte-americana, dois indicadores econômicos de peso decepcionaram os analistas: a balança comercial registrou déficit de US$ 62,2 bilhões em julho, enquanto o Initial Claims apontou 445 mil novos pedidos de seguro-desemprego.

Ademais, o BCE (Banco Central Europeu) também foi destaque ao sugerir logo cedo que a instituição continuará priorizando o controle da inflação na zona do euro, mesmo com o baixo crescimento econômico na região.

Contrato de janeiro de 2010 indica taxa de 14,60%
O contrato de juros de maior liquidez hoje, com vencimento em janeiro de 2010, aponta uma taxa de 14,60%, 0,09 ponto percentual abaixo do fechamento de quarta-feira. O número de contratos negociados chega a 328.140.

A seguir confira as taxas dos principais contratos de DI futuro na BM&F:

Vencimento Taxa atual Taxa Anterior Diferença Contr Neg
Outubro de 2008 13,60 13,57 +0,03 2.605
Novembro de 2008 13,63 13,63 0,00 30.050
Dezembro de 2008 13,83 13,77 +0,06 37.560
Janeiro de 2009 14,01 13,97 +0,04 79.230
Abril de 2009 14,35 14,30 +0,05 4.700
Julho de 2009 14,50 14,58 -0,08 44.430
Outubro de 2009 14,62 14,63 -0,01 320
Janeiro de 2010 14,60 14,71 -0,09 328.140
Abril de 2010 14,64 14,64 0,00 300

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Alta de juros terá impacto na inflação a partir do fim do ano, avalia Copom

31 de Julho de 2008 – 09h33 – Última modificação em 31 de Julho de 2008 – 10h36

 

 

Kelly Oliveira
Repórter da Agência Brasil

 

 
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Brasília – As decisões de política monetária terão impacto concentrado somente no final deste ano e em 2009, na avaliação dos membros do Comitê de Política Monetária (Copom).”A estratégia adotada pelo Copom visa trazer a inflação de volta à meta central de 4,5%, estabelecida pelo CMN [Conselho Monetário Nacional], tempestivamente, isto é, já em 2009″, afirma o colegiado, na ata da reunião divulgada hoje (31) pelo Banco Central.

O centro da meta de inflação fixada pelo governo para este ano e o próximo é de 4,5%, com margem de dois pontos pontos percentuais para mais ou para menos. Em pesquisa divulgada no início da semana pelo BC, analistas de mercado estimam que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo – o índice oficial de inflação – feche o ano em 6,58%, projeção acima do limite superior da meta para o ano, de 6,5%. Para 2009, que tem a mesma meta, os analistas mantiveram a expectativa de que a inflação chegue a 5%.

Na reunião do Copom realizada na última semana, a taxa básica de juros, a Selic, foi ajustada de 12,25% para 13% ao ano.  Neste ano, a Selic já foi elevada em 1,75 ponto percentual.

 

Para justificar o aumento dos juros básicos, o Copom revela que aumentou a preocupação com o descompasso entre a demanda e a oferta de produtos e serviços. Segundo o documento, isso tem aumentado o risco de inflação e exige uma atuação vigorosa da política monetária. 

Para o Banco Central, ao longo dos próximos meses o crescimento do crédito, “ainda que com alguma moderação”, e o aumento real dos salários devem continuar impulsionando a atividade econômica. Além desses fatores, o documento cita os programas de transferência de renda, como o Bolsa Família, que possibilitam o acesso de mais pessoas aos bens e serviços do país.

O comitê ressalta que, por outro lado, a contribuição dos investimentos das empresas para ampliar a capacidade produtiva ajuda a atender a demanda. A ata cita que a possível acomodação do preço das commodities pode contribuir para evitar que pressões inflacionárias se intensifiquem.

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Copom deve elevar taxa de juros para 12,75% ao ano, prevêem analistas

 
21 de Julho de 2008 – 11h36 – Última modificação em 21 de Julho de 2008 – 11h45
Kelly Oliveira
Repórter da Agência Brasil

 

 
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Brasília – Analistas de mercado esperam aumento de meio ponto percentual da taxa básica de juros, a Selic, na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) que será realizada amanhã (22) e quarta-feira. A estimativa consta do boletim Focus, publicação semanal do Banco Central, elaborada com projeções de analistas de mercado sobre os principais indicadores da economia.Atualmente a taxa básica de juros está em 12,25% ao ano e em 2008 já teve dois aumentos de meio ponto percentual. A Selic é referência para outras taxas de juros e é usada pelo Banco Central para ajudar a conter a inflação.

Para o final do ano, a estimativa é que os juros básicos cheguem a 14,25%. Para 2009, os analistas aumentaram a projeção de 13,50% para 13,75%.

O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles tem dito que a inflação deverá convergir para o centro da meta de 4,5% no próximo ano. Neste ano, a inflação oficial, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), está em 6,06% nos 12 meses fechados em junho (anualizada), próxima do limite da meta de 6,5%.

Ao definir a meta de inflação, o Conselho Monetário Nacional estabeleceu uma margem de dois pontos percentuais para mais ou para menos do centro da meta. Ou seja, a inflação estará na meta se ficar no intervalo de 2,5% a 6,5%. Mas os analistas de mercado já projetam o IPCA em 6,53% ao final de 2008. Para o próximo o ano, que tem a mesma meta, a expectativa é que a inflação seja de 5%. 

No caso de a meta de inflação não ser cumprida, cabe ao  Banco Central comunicar por meio de carta aberta ao ministro da Fazenda o motivo para o descumprimento, as medidas que serão adotadas para assegurar o retorno da inflação aos limites estabelecidos e o prazo para o qual se espera que as providências produzam efeito.

A última vez que houve descumprimento da meta foi em 2003, quando a inflação medida pelo IPCA chegou a 9,3%. Naquele ano, o limite superior da meta era de 6,5%, com centro em 4%.

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Copom avisa que juro vai subir mais

Sexta-Feira, 13 de Junho de 2008

Segundo ata, processo continuará até inflação voltar para centro da meta

Fernando Nakagawa e Adriana Fernandes, BRASÍLIA

 

O Banco Central (BC) avisou ontem, na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que vai manter o processo de alta dos juros “enquanto for necessário” para colocar a inflação novamente na trajetória da metas. A mensagem, porém, foi transmitida em tom menos alarmista do que o esperado pelo mercado financeiro.

Apesar da aceleração dos preços no Brasil e da deterioração do cenário externo, o BC procurou transmitir segurança de que a pressão inflacionária deve ser revertida no médio prazo com o aperto monetário e o aumento do superávit primário das contas do setor público.

No documento, o BC reconhece a piora do quadro e deixa claro que o aperto monetário pode ser ainda mais forte, caso haja uma deterioração maior das expectativas para a inflação. Ao contrário da ata anterior, o BC não mencionou se “parte relevante do movimento da taxa básica de juros” já havia sido feita.

A maior preocupação agora do BC, sinalizada na ata, é com a inflação em 2009, cujas projeções se situam acima do centro da meta de 4,5%. Como o IPCA de maio (o maior em 12 anos para o mês), ficou muito mais alto do que o projetado e não foi levado em conta na última decisão do Copom, o mercado avaliou que a ata ficou defasada.

No documento, o Copom repete várias vezes que as decisões na política monetária têm defasagem no mecanismo de transmissão à economia. Para o ex-diretor do BC e economista-chefe da Confederação Nacional do Comércio, Carlos Eduardo de Freitas, a repetição mostra que o foco do BC está na inflação de 2009. “Os índices de 2008 já estão dados. Por mais que o BC não queira jogar a toalha com relação à inflação do ano corrente, há essa defasagem que ele mesmo admite”, disse. Para 2009, o mercado projeta IPCA de 4,60%.

Apesar do aumento dos investimentos e da desaceleração do crédito, o BC mostrou preocupação com o aquecimento da demanda. Mostrando que não está superado o debate entre monetaristas e desenvolvimentistas, a ata foi pontuada de alertas.

No trecho em que o BC trata da capacidade produtiva, a ata elogia o aumento dos investimentos industriais nos últimos trimestres e admite que isso tem evitado que a pressão inflacionária se propague. A simpatia, no entanto, pára por aí. “Embora o investimento venha contribuindo para suavizar a tendência de elevação das taxas de utilização da capacidade, não tem sido suficiente para conter tal processo.”

Quando o assunto é petróleo, o Copom alerta que o preço da matéria-prima subiu “consideravelmente” desde a reunião de abril. Mesmo assim, a previsão oficial do BC para a gasolina é de preços estáveis em 2008. A boa notícia, no entanto, é seguida por um alerta. “Cabe assinalar, entretanto, que, independentemente do comportamento dos preços da gasolina, a elevação consistente dos preços internacionais do petróleo se transmite à economia doméstica” por meio de cadeias produtivas.

Em outro trecho, o BC destaca a ajuda dos produtos importados para conter aumentos de preços. Na ata, o Copom diz que a influência positiva existe, mas é preciso olhar para o outro lado.

“Embora o setor externo exerça alguma disciplina sobre a inflação no setor de transacionáveis, o aquecimento da demanda doméstica pode desencadear pressões inflacionárias mais intensas no setor de não transacionáveis, por exemplo, nos preços dos serviços.”

OS RECADOS DO COPOM

BC avisa na ata

Atual postura de alta dos juros será mantida enquanto
for necessário para assegurar a convergência da inflação para a trajetória de metas

Persistência do descompasso entre o ritmo de expansão da demanda
e da oferta agregada ”exacerba” o risco para a inflação

Deterioração do cenário se manifesta nas projeções de inflação mais altas

Sinal de aquecimento da economia é verificado na aceleração de preços no atacado e na trajetória dos núcleos de inflação

Ritmo de expansão da demanda doméstica continua colocando riscos importantes para a dinâmica inflacionária

Cenário dos EUA está mais pessimista e Copom fala agora em estagnação da economia norte-americana. Cenário não é mais de desaceleração. Persistem dúvidas sobre a eficácia das medidas adotadas

Petróleo é fonte sistemática de incerteza

Comportamento de preços de grãos é heterogêneo e segue em alta

BC admite na ata

Decisão levou em consideração aumento da meta de superávit primário de 3,8% para 4,3% do PIB em 2008 e 2009

Crescimento do crédito está mais moderado possivelmente devido à elevação dos custos de captação. Mesmo assim, crédito e expansão da massa salarial devem continuar impulsionando a atividade econômica

Gastos do governo (transferências governamentais) estão com menor intensidade do que se antecipava anteriormente

Copom retira peso das despesas do governo (impulsos fiscais) na lista de fatores que aquecem a atividade econômica e a demanda doméstica

 

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Copom vai manter juro em alta enquanto for necessário

{ 12 de junho de 2008 – 09h19 ]

 

Brasília – O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central diz que vai manter o aperto monetário iniciado em abril por quanto tempo for necessário para manter a inflação de acordo com as metas. O recado foi dado na ata da reunião realizada na semana passada e que decidiu aumentar o juro básico da economia (taxa Selic) em 0,50 ponto porcentual, para 12,25% ao ano. “O comitê acredita que a atual postura de política monetária, a ser mantida enquanto for necessário, irá assegurar a convergência da inflação para a trajetória das metas”, cita o trecho do documento divulgado hoje. 

A afirmação não constava da ata de abril, quando os diretores do BC iniciaram o aumento dos juros (aperto monetário). Na ocasião, os diretores citavam que estavam realizando “de imediato parte relevante do movimento da taxa básica de juros” e que isso poderia “reduzir a magnitude do ajuste total a ser implementado”. Em abril, o juro havia subido 0,50 ponto, para 11,75% ao ano. Desde então, as perspectivas inflacionárias passaram por deterioração, principalmente com a persistência do aumento de preços dos alimentos.

 

Apesar de afirmar na ata de junho que o aumento de juros vai prevalecer por quanto for necessário, os diretores do BC observam que uma mudança positiva no cenário dos preços poderia mudar a estratégia monetária. “Na eventualidade de se verificar alteração no perfil de riscos que implique modificação do cenário prospectivo básico traçado para a inflação pelo comitê neste momento, a estratégia de política monetária será prontamente adequada às circunstâncias”, completa o documento.

 

Demanda elevada

 

O Banco Central manteve a avaliação de que a demanda interna continua crescendo com taxas elevadas. Na ata do Copom divulgada hoje, os diretores afirmam que “a demanda doméstica continua se expandindo a taxas robustas e sustenta o dinamismo da atividade econômica”.

 

O Copom diz que a demanda interna aquecida ocorre inclusive em setores da economia com pouca competição externa. A avaliação foi feita com a observação de que a “contribuição do setor externo para um cenário inflacionário benigno, diante do forte ritmo de expansão da demanda doméstica e do crescimento das pressões inflacionárias globais, parece estar se tornando menos efetiva”, cita o documento.

 

Diante da demanda interna aquecida, contribuição menor do setor externo e período de maturação de investimentos para aumento da capacidade produtiva, o BC diz que “cabe à política monetária atuar de forma a evitar que a maior incerteza detectada em horizontes mais curtos se propague para horizontes mais longos”. (Fernando Nakagawa e Adriana Fernandes)

 

 

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